euvg Arquitectura 2008/2009: atelier V, atelier VI, atelier VII, atelier VIII; Pedro Machado Costa, Pedro Cordeiro

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O Cadavre de Mónica

Sobre o trabalho desenvolvido por Mónica Marinheiro para o Exercício I (Cadavre Exquis), que finalizou no passado dia 4 de Novembro, apresenta-se agora o relatório de avaliação final.
















A proposta de Mónica Marinheiro desde cedo se evidenciou pela criação de uma regra compositiva simples e objectiva, mas cujo resultado não a demonstrava de forma directa; resultando por isso a colagem numa proposta aliciante e, atá, incompreensível aos olhos de quem não descortinasse a sua origem formal.































A segunda fase do Exercício revela no entanto que a composição obtida na fase anterior é extremamente exigente; colocando problemas que Mónica tem dificuldade em superar. Dessa forma a sua primeira proposta tridimensional apresenta-se-nos sem qualquer sentido espacial e/ou compositivo. Não se conhece o método que a Aluna procura aplicar no desenvolvimento da proposta, nomeadamente ao nível do estudo de cheio/vazio, ou de claro/escuro; sendo que a solução obtida é pouco trabalhada.
A terceira fase do Exercício representa uma espécie de regresso à origem do conceito da Aluna; que opta por reproduzir tridimensionalmente o projecto original. Evidentemente que esse facto é uma espécie de fuga em frente: demitindo-se Mónica de procurar resolver as questões que se levantavam; preferindo a solução mais evidente.































































No entanto o resultado obtido é (novamente) surpreendente. Dotado de grande riqueza e complexidade espacial, a proposta revela todas as suas qualidades através de uma (muito) sensata escolha de materiais (chapa de alumínio e acrílico), que reflectem-se simultaneamente, provocando uma espécie de jogo de espelhos que confere à (simples) justaposição de planos uma volumetria subtil, e muito esclarecida.
Relativamente à apresentação, esta denota um regular controlo dos instrumentos de representação, ficando no entanto aquém do modelo tridimensional.
A entrega final é feita com uma semana de atraso em relação à data em calendário.





















De forma geral a Aluna apresenta perícia e facilidade na obtenção e controlo tridimensional, sendo capaz de estruturar pensamentos e/ou ideias, e dar-lhes imagem, de forma complexa e rica.
É de referir no entanto o pouco acompanhamento que Mónica faz das aulas, o que dificulta a percepção das suas reais dificuldades.
A Aluna não foi também capaz de demonstrar o seu método de trabalho; facto esse que deverá ser clarificado em exercícios seguintes.

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Leituras do Mês

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Eládio Dieste

A obra do Uruguaio Eladio Dieste (1917-2000) entre a década de 50 e o final do séc., numa edição de luxo da Electa. O livro fica a cargo de Mercedes Daguerre, e tem textos de Mario Chirino, de Graciela Silvestri e do próprio Dieste: senza la rivelazione del mistero del mondo che viene dall'arte non faremo mai della nostra vita qualcosa di realmente umano.

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Obradoiro

O regresso de uma das publicações mais significativas do final da década de 80 / principios de 90, em Espanha e Portugal. Publicado pelo Colexio Oficial de Arquitectos de Galicia, e sob a Direcção de Carlos Pita, o número 33 de Obradoiro dedica-se ao Pequeno. Destaque-se o texto e Óscas Tenreiro (o Legado de Firminy), e os projectos de Solano Benítez e de César Portela.

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