euvg Arquitectura 2008/2009: atelier V, atelier VI, atelier VII, atelier VIII; Pedro Machado Costa, Pedro Cordeiro

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საქართველო (Georgia)


Imprevisto


Este edifício inexplicável corresponde a um Hotel no centro de Tiblissi ocupado por refugiados de guerra de um modo brutalmente imprevisto mas que representa, enquanto cúmulo, o desafio que é projectar ou prever o acontecimento.





Encantado

Pois é..., "em busca do tempo perdido" aqui estou.

As sugestões colocadas no BLOG assentarão nesse panorama abrangente do conhecimento/experiência articulável com a discíplina de Arquitectura, ou se quiserem,
a vida em geral e em particular.

Já agora, Marcel Proust, autor do romance "À la recherche du temps perdu" insurge-se com uma teoria da arte em que todos somos potenciais artistas, se por arte entendemos transformar as experiências da vida, do dia a dia, em algo revelador de maturidade e entendimento.

Para quem ainda não reparou

Temos como (novo) colaborador habitual no of Beauty and Consolation o Professor Pedro Cordeiro.
Bem Vindo!

Menú do dia 27

E para o próximo dia 27, Quinta-Feira, iremos analisar as apresentações de Borges Somos Nós!, e dos projectos.

Faremos igualmente ponto de situação do exercício EUVG BlogSpot

Atitude!

CÂNTICO NEGRO

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde

Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,

Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

José Régio

Frank Zappa - 1988 Barcelona

O melhor Bolero de sempre...

Cubismo na arquitectura?





















Tallin, Estónia

Rendez Vous

Em relação ás aulas da próxima semana 25 e 27 Nov., haverá uma troca entre os Professores Pedro Cordeiro e Pedro Machado Costa.
Aos Alunos do Atelier VII pede-se que se preparem para fazer o ensaio final das conferências Borges Somos Nós! no dia 27, quinta. Tragam CD's com ficheiros Power Point.

Quanto a mim, tenho um Rendez Vous em Montmartre.



C'est un Rendez Vous, Claude Lelouch, 1979

As Cidades e as Paisagens invísiveis

Por falar em integração na paisagem...












Atlas cinzento, Marrocos

Nem este

que ainda assim é brilhante





















Las Meninas, Francisco Goya y Lucientes, 1778, Metropolitan Museum, NY

Esta não conta

Mas ajuda a perceber





















Dom Jose Diego Nieto Velazquéz de Las Meninas de Velazquéz, S. Dali, 1982, Prado, Madrid

E para não sermos tão infléxiveis sobre aquilo que têm de gostar

Aqui fica uma alternativa.
















Las Meninas, Picasso, exactamente 301 anos depois do original, no Museu Picasso, em Barcelona (há mais coisas para ver em Barcelona, para além do Mies ... e, vá lá Sandrine, do Gaudi)

Imposição

A partir de agora Las Meninas passa a ser a vossa pintura preferida. E terão de me explicar a razão desse vosso (novo) gosto na próxima aula.





















Las Meninas, Velázquez, 1656, Madrid, Prado

Dificuldades e Contradições

Acerca do Exercício 5 (Complexidades e Contradições) várias dúvidas são colocadas, nomeadamente em relação à escolha de autores que possam ser comparados com os conteúdos dos vários livros.
Sandrine Portas pergunta se pode "atribuir" a obra de Rem Koolhaas (no caso particular da Casa da Música) ao livro de Leach (A anestética da Arquitectura); e Mónica Marinheiro pede que se lhe indique um arquitecto cuja obra possa exemplificar o conteúdo expresso na obra de Augé (Não Lugares).

Em relação a essas dúvidas tenho a referir que é exactamente nesta questão (qual o arquitecto que, de uma forma ou outra, possa ser "comparado" com o conteúdo de um ensaio) que reside a dificuldade, mas também o interesse do exercício; sendo que a resposta que cada aluno encontrar para responder ao trabalho, e também o modo de estabelecer essa relação, é que irão fazer do Complexidades e Contradições um bom (ou um mau) trabalho.

Evidentemente que Complexidades e Contradições está a pôr à prova a cultura arquitectónica dos Alunos; sendo expectável que cada um seja capaz, não só de conhecer obras e autores com significado mas, sobretudo, saber interpretá-los a nível teórico, fazendo pontes com outros modos de pensamento.

Assim, e para (não) responder às questões directas de Mónica Marinheiro e de Sandrine Portas, tenho apenas a dizer que qualquer arquitecto é passivel de ser escolhido; desde que os Alunos consigam demonstrar que as ideias, conceitos, modos de fazer, intenções, etc. das obras desses autores tenham eco no conteúdo dos livros, e/ou vice-versa.
Impõe-se, claro, que cada aluno compreenda aquilo que o livro representa para a cultura arquitectónica, e por isso deverão ser primeiramente retiradas conclusões sobre as obras teóricas.
A partir daí poderão escolher um arquitecto cujas obras comprovem a tese do autor, ou a contradigam; até porque seria expectável que cada aluno tivesse uma atitude crítica face ao que acabou de ler: se concorda ou não, se acha positivo ou negativo, etc.; sendo, claro, que a escolha do arquitecto terá muito a ver com o que cada um de voçês quiser dizer sobre o livro.

E nesse sentido, se tivesse que falar sobre os Não-Lugares, poderia referir (por exemplo) a obra de José Luis Sert, sobretudo na sua fase americana, ou até Mies (também na américa), mas também Gerry (só alguma obra, claro), ou Foster (hum), as coisas do Koolhaas (sobretudo a partir do séc. XXI, com intensidade na China); ou, do lado oposto da barricada, Sert (em Barcelona), Mies (early works...ou nem tanto), Gerry (estou a lembrar-me das coisas em Malibu, e mesmo a cada dele), ou Koolhaas (o do Kunstall de Roterdam)... como também Chipperfiled, ou (se quiséssemos ser óbvios) Siza de um lado e SOM do outro (mas nem isso é inteiramente verdade).

A confusão seria ainda maior para falar na "estetização" da arquitectura: Herzog e de Meuron (pós anos 90) de um lado, Herzon e de Meuron (pré-anos 90) do outro; as paredes de betão de Miguel Fisac vs. a funcionalidade de J.J.P. Oud; ou, claro, o Koolhaas (mas de que lado?...o homem não pára). É a obra de Miguel Fisac em exemplo de estétização? E o Saarinen?




















Miguel Fisac, Centro Social de las Hermanas Hospitalarias, Madrid, 1986: a arquitectura a partir da imagem?
















Saarinen, TWA Terminal, JFK Airport, 1962: um Não-Lugar?
















J.J.P. Oud, Kiefhoek, Rotterdam, 1930: funcionalismo ou estetização radical?

Isto só para referir que a escolha é vossa; terá a ver com a vossa interpretação do livro (e a vossa concordância com o conteúdo), e depoios sobre aquilo que acham que representa a obra de um determinado arquitecto.

Difícil? É.

Lisbon Story

Pede-se a todos os Alunos que publiquem o trabalho Lisbon Story nos respectivos Blogs, de modo a possibilitar o acesso de todos aos conteúdos.

Hold On



Tom Waits. E mais não digo.

Avaliação Final Exercício I

Ana Rita Diogo 12
Qualidade da Participação nas Sessões de Contacto(15%) 12
Qualidade do Processo e Método de Investigação e Respectivo Registo (20%) 12
Qualidade das Entregas Finais (20%) 8
Perícia nas Actividades Práticas (35%) 12
Capacidade de Diálogo e Comunicação (5%) 12
Qualidade de Resposta em Trabalhos de Grupo (5%) 10
Total 11,10
Majoração Atelier V 12,1
Daniel Santos 15
Qualidade da Participação nas Sessões de Contacto(15%) 14
Qualidade do Processo e Método de Investigação e Respectivo Registo (20%) 16
Qualidade das Entregas Finais (20%) 12
Perícia nas Actividades Práticas (35%) 16
Capacidade de Diálogo e Comunicação (5%) 14
Qualidade de Resposta em Trabalhos de Grupo (5%) 10
Total 14,50
Joana Labela 13
Qualidade da Participação nas Sessões de Contacto(15%) 10
Qualidade do Processo e Método de Investigação e Respectivo Registo (20%) 11
Qualidade das Entregas Finais (20%) 14
Perícia nas Actividades Práticas (35%) 16
Capacidade de Diálogo e Comunicação (5%) 12
Qualidade de Resposta em Trabalhos de Grupo (5%) 10
Total 13,20
Mónica Marinheiro 11
Qualidade da Participação nas Sessões de Contacto(15%) 8
Qualidade do Processo e Método de Investigação e Respectivo Registo (20%) 12
Qualidade das Entregas Finais (20%) 14/2 - 7
Perícia nas Actividades Práticas (35%) 15
Capacidade de Diálogo e Comunicação (5%) 12
Qualidade de Resposta em Trabalhos de Grupo (5%) 10
Total 11,35
Pedro Banaco 12
Qualidade da Participação nas Sessões de Contacto(15%) 12
Qualidade do Processo e Método de Investigação e Respectivo Registo (20%) 8
Qualidade das Entregas Finais (20%) 13
Perícia nas Actividades Práticas (35%) 12
Capacidade de Diálogo e Comunicação (5%) 12
Qualidade de Resposta em Trabalhos de Grupo (5%) 10
Total 11,3o
Majoração Atelier V 12,43
Sandrine Portas 9
Qualidade da Participação nas Sessões de Contacto(15%) 8
Qualidade do Processo e Método de Investigação e Respectivo Registo (20%) 8
Qualidade das Entregas Finais (20%) 13/2 - 6,5
Perícia nas Actividades Práticas (35%) 10
Capacidade de Diálogo e Comunicação (5%) 10
Qualidade de Resposta em Trabalhos de Grupo (5%) 10
Total 8,6
Vera Silva 9
Qualidade da Participação nas Sessões de Contacto(15%) 8
Qualidade do Processo e Método de Investigação e Respectivo Registo (20%) 8
Qualidade das Entregas Finais (20%) 10/2 - 5
Perícia nas Actividades Práticas (35%) 10
Capacidade de Diálogo e Comunicação (5%) 10
Qualidade de Resposta em Trabalhos de Grupo (5%) 10
Total 8,3
Majoração Atelier V 9,13

Avaliação Final Exercício I

As notas do Exercício 1 valem 15% da nota final do Semestre

Qualidade da Participação nas Sessões de Contacto(15%)
Qualidade do Processo e Método de Investigação e Respectivo Registo (20%)
Qualidade das Entregas Finais (20%)
Perícia nas Actividades Práticas (35%)
Capacidade de Diálogo e Comunicação (5%)
Qualidade de Resposta em Trabalhos de Grupo (5%)

O Cadavre de Todos


O Cadavre de Vera

Sobre o trabalho desenvolvido por Vera Silva para o Exercício I (Cadavre Exquis), que finalizou no passado dia 4 de Novembro, apresenta-se agora o relatório de avaliação final.

A Aluna inicia o seu exercício com uma composição aleatóriaestabelecendo uma composição gradiante claro/escuro, indicando por isso dois limites que correspondem ao branco/negro.
Ao contrário de todos os outros trabalhos, não estabelece qualquer tipo de relação tridimensonal; optando antes por estabelecer uma composição que depende apenas do posicionamento dos vários elementos no espaço.
Não estabelece nenhuma regra compositiva, baseando-se apenas na intuição.
No entanto a composição revela-se equilibrada e dinâmica.
















No entanto, a partir dessa fase a Aluna deixa de acompanhar as aulas (e o Blog), não tendo sido possível abalizar e debater de forma construtiva a sua proposta, que aparece tardiamente.
Deverá ser referido que a proposta ainda assim curiosa (a partir de alguns pontos de vista); julgando-se que o seu desenvolvimento poderia ter colocado este trabalho num outro patamar qualitativo.































A entrega final é feita com uma semana de atraso; sendo no entanto competente ao nível da representação.





















Tendo sido quase impossível compreender o método de trabalho desenvolvido por Vera no decorrer do Exercício I; deverá referir-se que a Aluno deverá reforçar a todos os niveis o empenho nas actividades do Atelier.

O Cadavre de Sandrine

Sobre o trabalho desenvolvido por Sandrine Portas para o Exercício I (Cadavre Exquis), que finalizou no passado dia 4 de Novembro, apresenta-se agora o relatório de avaliação final.

A primeira fase do projecto de Sandrine revela uma enorme simplificacação dos problemas que o enunciado do exercício levantava; sendo que a Aluna não é capaz de responder de forma positiva àquilo que lhe estava inerente. Dessa forma Sandrine, de forma algo naif, transpõe uma imagem directa (uma gota a cair num plano de água) para a sua colagem, desprezando de certa forma os problemas de relação formal entre essa imagem e a capacidade que os instrumentos que lhe eram dados tinham para a representar; ao mesmo temp que revela lacunas na sua cultura arquitectónica.
















O desenvolvimento da proposta é (muito) pouco acompanhado nas aulas (e no blog), pelo que a segunda fase do projecto aparece numa fase tardia do exercício, revelando a Aluna dificuldades no controlo formal e volumétrico da sua proposta que, basicamente, cria uma proposta inócua, e globalmente pouco interessante.
















A última fase, também não discutida nem apresentada previamente, melhora algumas das questões da fase anterior, pecando ainda assim por pouca clareza, falta de identidade formal, e ausência de hierarquia.
































O conteúdo da entrega, feita uma semana depois da data limite, é satisfatório a nível da representação do objecto; confirmando no entanto a pouca qualidade da proposta.





















Em termos globais é algo difícil avaliar o desenvolvimento da aluna, pela pouca informação que esta prestou ao longo do exercício. De notar algumas dificuldades de formalização; que deverão ser alvo de melhorias no decorrer deste semestre.
Sandrine deverá intensificar o seu empenho, quer ao nível do desenvolvimento dos seus trabalhos, como ao nível da sua cultura de participação.

O Cadavre de Banaco

Sobre o trabalho desenvolvido por Pedro Banaco para o Exercício I (Cadavre Exquis), que finalizou no passado dia 4 de Novembro, apresenta-se agora o relatório de avaliação final.

Pedro Banaco demonstra pouca capacidade no pensamento abstracto, cujo resultado aponta tendencialmente para a procura de soluções simples, objectivas, e muito directas; anulando de algum modo o potencial inicial dos trabalhos.
















Disso é exemplo a sua proposta para a primeira fase do Exercício, que de certa forma mimetiza uma imagem (bastante) directa, com pouco potencial no se desenvolvimento, o que limitará as fases subsequentes do projecto.
Sendo pela relação directa entre a proposta bidimensional e a imagem que ela evidencia, ou sendo simplesmente pelo facto de Banaco ser detentor de método de projecto de certa forma consubstanciado; certo é que a transposição da sua colagem se faz rapidamente, de forma clara (demasiado, até); procurando o Aluno avaliar constantemente os pontos fracos do objecto, melhorando-os quotidianemente.
















O objecto encontrado na segunda fase do trabalho, tal como o da primeira, baseia-se numa imagem directa; sendo o seu desenvolvimento feito a partir da procura de sequências perspecticas e volumétricas que procuram culminar em enquadramentos distribuídos pelos vários planos encontrados.
Trata-se, claro, de uma proposta clara; pelo que o Aluno apenas pela clarificação volumétrica, descurando o potencial da aplicação material na procura de uma outra lógica que de certa forma completasse e/ou enriquecesse o objecto final.














































A entrega final demonstra as normais competência que são exigidas a um Aluno do 5º Semestre; ficando no entanto aquém de demonstrar a nível gráfico todo o universo criado; julgando-se no entanto que tal facto se deve mais à dificuldade que o Aluno revela em entender as potencialidades que se lhe oferecem em cada projecto.





















Globalmente Pedro Banaco revela-se um Aluno interessado, disposto a aprender, a colaborar e a discutir o seu projecto, e os projectos dos seus colegas.
Com referido, o Aluno tem já um método de trabalho fortemente enraizado, devendo no entanto procurar enriquecê-lo com outro tipo de cultura que deverá adquirir ao longo deste semestre.

O Cadavre de Mónica

Sobre o trabalho desenvolvido por Mónica Marinheiro para o Exercício I (Cadavre Exquis), que finalizou no passado dia 4 de Novembro, apresenta-se agora o relatório de avaliação final.
















A proposta de Mónica Marinheiro desde cedo se evidenciou pela criação de uma regra compositiva simples e objectiva, mas cujo resultado não a demonstrava de forma directa; resultando por isso a colagem numa proposta aliciante e, atá, incompreensível aos olhos de quem não descortinasse a sua origem formal.































A segunda fase do Exercício revela no entanto que a composição obtida na fase anterior é extremamente exigente; colocando problemas que Mónica tem dificuldade em superar. Dessa forma a sua primeira proposta tridimensional apresenta-se-nos sem qualquer sentido espacial e/ou compositivo. Não se conhece o método que a Aluna procura aplicar no desenvolvimento da proposta, nomeadamente ao nível do estudo de cheio/vazio, ou de claro/escuro; sendo que a solução obtida é pouco trabalhada.
A terceira fase do Exercício representa uma espécie de regresso à origem do conceito da Aluna; que opta por reproduzir tridimensionalmente o projecto original. Evidentemente que esse facto é uma espécie de fuga em frente: demitindo-se Mónica de procurar resolver as questões que se levantavam; preferindo a solução mais evidente.































































No entanto o resultado obtido é (novamente) surpreendente. Dotado de grande riqueza e complexidade espacial, a proposta revela todas as suas qualidades através de uma (muito) sensata escolha de materiais (chapa de alumínio e acrílico), que reflectem-se simultaneamente, provocando uma espécie de jogo de espelhos que confere à (simples) justaposição de planos uma volumetria subtil, e muito esclarecida.
Relativamente à apresentação, esta denota um regular controlo dos instrumentos de representação, ficando no entanto aquém do modelo tridimensional.
A entrega final é feita com uma semana de atraso em relação à data em calendário.





















De forma geral a Aluna apresenta perícia e facilidade na obtenção e controlo tridimensional, sendo capaz de estruturar pensamentos e/ou ideias, e dar-lhes imagem, de forma complexa e rica.
É de referir no entanto o pouco acompanhamento que Mónica faz das aulas, o que dificulta a percepção das suas reais dificuldades.
A Aluna não foi também capaz de demonstrar o seu método de trabalho; facto esse que deverá ser clarificado em exercícios seguintes.

O Cadavre de Joana

Sobre o trabalho desenvolvido por Joana Labela para o Exercício I (Cadavre Exquis), que finalizou no passado dia 4 de Novembro, apresenta-se agora o relatório de
avaliação final.
















O projecto de Joana Labela foi porventura um dos mais constantes no decurso das três fases do Exercício. A sua primeira proposta (bi-dimensional), relativamente pobre, atravessa vários estudos, culminando numa composição a que a Aluna dará sequência formal de forma extremamente eficaz e criteriosa.
Não sendo um trabalho de grande risco, Labela é no entanto capaz de dotá-lo de uma espacialidade interessante, estruturada em elementos simples, cuja localização, forma e dimensionamento se relacionam coerentemente, obtendo-se uma solução una e (quase) sem falhas.














































É no entanto na terceira e última fase que o trabalho de revela na totalidade, optando Joana Labela por uma materialização cujas características plásticas capacitam a proposta de qualidades tectónicas únicas; mantendo-se a totalidade das opções anteriores, e conquistando-se uma outra dimensão que lhe retira a objectividade da maqueta anterior, conferindo-lhe um outro sentido bastante mais rico.





























































A apresentação é simples, clara, denotando um domínio do desenho, e alguma capacidade de síntese; lamentado-se apenas o facto de não ter sido capaz de representar em desenho a expressividade do objecto.





















Genericamente a Aluno revela capacidades de domínio espacial, compositivo, material, e representativo. No entanto, face à pouca participação que a Joana teve nas Aulas, e também ao pouco empenho demonstrado no registo do seu processo, há alguma dificuldade em perceber a metodologia de trabalho.

O Cadavre de Daniel

Sobre o trabalho desenvolvido por Daniel Santos para o Exercício I (Cadavre Exquis), que finalizou no passado dia 4 de Novembro, apresenta-se agora o relatório de avaliação final.















Embora a primeira fase do Exercício tenha sido iniciada de forma pouco positiva, rapidamente Daniel Santos obtém uma composição que, embora sendo pouco satisfatória ao nível das exigências requeridas pelo programa da primeira fase, lhe permitiram estabelecer uma estratégia de hierarquização na passagem para a tridimensionalidade.
À proposta inicial, o Aluno foi sendo sempre capaz de descobrir as suas potencialidades, operando nela pequenas trasformações que, para além de evidenciarem uma forte vontade compositiva, revelaram apetências por parte de Daniel no controle formal e espacial do trabalho.





























O aluno aplicou um método próprio, que obviamente domina com alguma facilidade, baseado sobretudo em estudos tridimensionais, que se traduziram não só no controlo do objecto de estudo, mas também na facilidade de comunicação e debate de ideais em seu torno.
Os estudos em SkethUp forma sendo acomapanhados de realização de outros modelos tridimensionais (maquetes) que iriam possibilitar a detecção de prolemas pontuais e sua eficaz resolução.




























Dada a clareza formal do objecto, a passagem para a terceira fase do exercício permitiu ao Aluno enriquecer e complexificar ainda mais os seus estudos anteriores, remetendo para universos visuais e compositivos fortes, mas simultaneamente subtis; sendo o resultado final bastante satisfatório.

























































Relativamente à entrega final, nomeadamente ao suporte de apresentação (2 paineis); esta ficou (muito) aquém das possibilidades demonstradas por Daniel Santos; aparentando pouco cuidado na sua feitura; o que de certo modo contradiz em termos qualitativos o seu desempenho geral.





















Daniel Santos aparenta bom domínio dos instrumentos metodológicos e operativos, alguma facilidade de composição; domínio espacial e raciocínio arquitectónico; sendo portanto a sua avaliação bastante positiva.
É de referir ainda o seu empenho na crítica a trabalhos de colegas (quer no seu Blog, quer através das discussões nas aulas); demonstrando capacidade argumentativa e alguma cultura arquitectónica.

Leituras do Mês

Leituras do Mês

Eládio Dieste

A obra do Uruguaio Eladio Dieste (1917-2000) entre a década de 50 e o final do séc., numa edição de luxo da Electa. O livro fica a cargo de Mercedes Daguerre, e tem textos de Mario Chirino, de Graciela Silvestri e do próprio Dieste: senza la rivelazione del mistero del mondo che viene dall'arte non faremo mai della nostra vita qualcosa di realmente umano.

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Obradoiro

O regresso de uma das publicações mais significativas do final da década de 80 / principios de 90, em Espanha e Portugal. Publicado pelo Colexio Oficial de Arquitectos de Galicia, e sob a Direcção de Carlos Pita, o número 33 de Obradoiro dedica-se ao Pequeno. Destaque-se o texto e Óscas Tenreiro (o Legado de Firminy), e os projectos de Solano Benítez e de César Portela.

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