euvg Arquitectura 2008/2009: atelier V, atelier VI, atelier VII, atelier VIII; Pedro Machado Costa, Pedro Cordeiro

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O projecto de Daniel Santos

Relativamente ao Projecto de Daniel Santos avaliado em dada de Exame (27 Fev.), publica-se agora o resumo da análise feita.

Como tinha sido anteriormente referido, o projecto de Daniel Santos opta por uma forma simples - quase icónica - que alberga a totalidade do programa funcional da Biblioteca, distribuindo as três grandes áreas públicas (Biblioteca Pública, Biblioteca de Crianças e Arquivo) nos três braços do edifício. Os espaços de leitura resultantes dessa solução são potencialmente fascinantes, lidando de forma diferenciada com a(s) paisagem(ns) que literalmente enquadram.
Os espaços destinados aos Serviços e a Cafetaria são dispostos na base do edifício, conseguindo resolver de forma simples e elegante a relação entre a massa construída e o terreno envolvente a norte. Os patamares formados por esta solução, contrastados com a forma do alçado, encaminham toda a tensão para o centro do edifício (que é de facto o seu ponto principal), resultando numa espécie de Grand Hall de recepção; embora, curiosamente, a entrada principal do edifício esteja apontada pelo Aluno na fachada oposta (sul).

Há questões ainda pouco trabalhadas, que ressaltam pela importância que terão para o projecto, nomeadamente: o excesso de área (que leva a que a volumetria total do edifício seja desadequada à sua escala), o excesso de pisos acima do solo, com localização de depósitos no nível superior (o que anula a hipótese de relacionar a forma das salas de leitura com o desenho de uma cobertura que seja mais consequente para o interior dos espaços mais nobres do edifício; criando dificuldades na obtenção de uma melhor relação entre a massa construída e a sua morfologia) e, sobretudo, a aparente ineficácia dos circuitos funcionais propostos (que, ao invés de se separarem, encontram-se misturados ao longo do edifício).
Na verdade julga-se que as partes do projecto menos interessantes (Ex: fachadas, reveladas sobretudo nas peças desenhadas) são exactamente consequência das questões levantadas anteriormente.

Em relação à apresentação os desenhos apresentam ainda algumas lacunas de representação (ausência de vãos e de outros elementos que permitam a compreensão da escala e do tipo de funcionamento de cada espaço); sendo que a Maqueta apresentada não fez justiça ás qualidades aparentes do projecto.

O Aluno terá avançado algumas ideias (em Memória) sobre a materialização do edifício, e aspectos construtivos; julgando-se positivo o modo de procurar relacionar ambientes e espaços por ele criados.

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Leituras do Mês

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Eládio Dieste

A obra do Uruguaio Eladio Dieste (1917-2000) entre a década de 50 e o final do séc., numa edição de luxo da Electa. O livro fica a cargo de Mercedes Daguerre, e tem textos de Mario Chirino, de Graciela Silvestri e do próprio Dieste: senza la rivelazione del mistero del mondo che viene dall'arte non faremo mai della nostra vita qualcosa di realmente umano.

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Obradoiro

O regresso de uma das publicações mais significativas do final da década de 80 / principios de 90, em Espanha e Portugal. Publicado pelo Colexio Oficial de Arquitectos de Galicia, e sob a Direcção de Carlos Pita, o número 33 de Obradoiro dedica-se ao Pequeno. Destaque-se o texto e Óscas Tenreiro (o Legado de Firminy), e os projectos de Solano Benítez e de César Portela.

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