O primeiro aspecto que salta á vista do Lisbon Story de Vera Silva é a sua aparente incompletude; como que se o trabalho tivesse ficado pela metade.
Quer isto dizer que a primeira parte do texto, dedicada a aspectos biográficos de Zumthor (alguns deles menos presentes na nossa memória, e ainda assim com significado para compreender o autor), e ao cariz mais significativo da sua obra é, por Vera Silva, descrito de forma clara e compreensiva. Aqui a Aluna opta pelo claro recurso a fontes (sem no entanto identificar genericamente a sua origem), preterindo dessa forma uma análise mais pessoal sobre aquilo que a obra de Zumthor lhe poderá dizer. Ficamos por isso sem perceber o posicionamento da Aluno perante o problema; o que, em certo sentido, é (ou pode ser) uma estratégia válida num processo de análise científica.
A excepção a esse posicionamento revela-se exactamente nos momentos em que Vera se mais envolve com a matéria exposta: “consegui isolar-me de tudo (…), apenas centrar-me no espaço (…) estava ali criado um ambiente para observar outro muito digno” (p. 5); o que, em limite, reflecte uma entrega emotiva ao fenómeno que a Aluna presencia; sendo estas as partes em que o texto é mais bem conseguido.
Denota-se já alguma maturidade no modo da Aluna ler arquitectura; sendo este demonstrado pelo aparente á-vontade com que Vera Silva popula por d’entre as obras expostas, e as descreve, com ligeireza e, ainda assim, com acuidade; assentando-lhe o seu carácter excepcional nos aspectos que mais lhe interessam.
No entanto os objectivos do trabalho não são cumpridos na sua totalidade, dado a 2ª parte do texto (pretensamente dedicada á análise de outras obras, e comparação delas com o conteúdo da exposição de Zumthor) ser praticamente inexistente.
O descuido com que trata a (escassa) informação recolhida permite-nos depreender dificuldades na análise de edifícios e/ou obras cujo suporte de fontes seja mais difícil de descortinar; o que de certo modo vem confirmar que a eficácia demonstrada na primeira parte do texto se deve sobretudo ao tratamento de informação recolhida em fontes (não referidas).
Estamos ainda assim na presença de um trabalho genericamente positivo; sendo que os seus aspectos negativos de devem sobretudo á falta de empenho que a Aluna tem vindo a demonstrar ao longo do semestre.
O trabalho denota pouco cuidado ao nível da legendagem de imagens, da ausência à referencias a fontes. Não é apresentada Bibliografia, e a paginação é inexistente.
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Eládio Dieste
A obra do Uruguaio Eladio Dieste (1917-2000) entre a década de 50 e o final do séc., numa edição de luxo da Electa. O livro fica a cargo de Mercedes Daguerre, e tem textos de Mario Chirino, de Graciela Silvestri e do próprio Dieste: senza la rivelazione del mistero del mondo che viene dall'arte non faremo mai della nostra vita qualcosa di realmente umano.
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Obradoiro
O regresso de uma das publicações mais significativas do final da década de 80 / principios de 90, em Espanha e Portugal. Publicado pelo Colexio Oficial de Arquitectos de Galicia, e sob a Direcção de Carlos Pita, o número 33 de Obradoiro dedica-se ao Pequeno. Destaque-se o texto e Óscas Tenreiro (o Legado de Firminy), e os projectos de Solano Benítez e de César Portela.
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