euvg Arquitectura 2008/2009: atelier V, atelier VI, atelier VII, atelier VIII; Pedro Machado Costa, Pedro Cordeiro

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A Viagem de Joana Labela

Lisbon Story de Joana Labela é um trabalho desequilibrado. Desequilibrado na sua estrutura, desequilibrado no seu conteúdo, e desequilibrado na sua forma.
O problema principal do texto é exactamente a ausência de texto; ou seja: a ausência de qualquer tipo de observação (de entrega) pessoal ás questões que são levantadas pelo enunciado do Exercício 3.
Não é que Labela tenha deixado de fazer o que se lhe exigia: a visita á exposição de Zumthor, e o passeio por alguns edifícios de Lisboa fizeram a Aluna olhar para o essencial. Isso é desde logo demonstrado pela (extensa, mas ainda assim incisiva) reportagem fotográfica registada no trabalho de Joana; que, livre e espontaneamente, discorre sobre algumas das características mais fortes da exposição, como da Gulbenkian (sobretudo nos seus jardins), como na Igreja de S. Domingos ou na Casa do Alentejo.
O problema está exactamente na ausência de qualquer tipo de registo escrito (por outras palavras: reflexão) sobre aquilo que a Aluno observou e registou fotograficamente. A excepção a isso, no primeiro capítulo, resume-se a citações esparsas, e ao registo de informações mais ou menos conhecidas.
Raramente Joana Labela decide dar um ar da sua graça (da sua forma de ver arquitectura). Quando o faz refere “largados / libertados nos extensos jardins” (p. 19), “a ausência de barulho” ou “espaço confortante, apesar da sua monumentalidade” (p. 26); o que, entenda-se, é muito pouco para uma Aluna do 4º Ano de um curso de arquitectura.
Mesmo a conclusão é, no mínimo, ociosa, e pouco cuidada; revelando muito pouco da inteligência e da cultura arquitectónica que Joana domina; ficando por isso o trabalho muito aquém das capacidade da Aluna.
Refira-se o rigor no uso de regras de registo científico (citações, numeração de págs., , Bibliografia, Índice), e menos cuidado na legendagem de imagens.
A preparação do trabalho ficou-se pela leitura de uma única fonte.

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Leituras do Mês

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Eládio Dieste

A obra do Uruguaio Eladio Dieste (1917-2000) entre a década de 50 e o final do séc., numa edição de luxo da Electa. O livro fica a cargo de Mercedes Daguerre, e tem textos de Mario Chirino, de Graciela Silvestri e do próprio Dieste: senza la rivelazione del mistero del mondo che viene dall'arte non faremo mai della nostra vita qualcosa di realmente umano.

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Obradoiro

O regresso de uma das publicações mais significativas do final da década de 80 / principios de 90, em Espanha e Portugal. Publicado pelo Colexio Oficial de Arquitectos de Galicia, e sob a Direcção de Carlos Pita, o número 33 de Obradoiro dedica-se ao Pequeno. Destaque-se o texto e Óscas Tenreiro (o Legado de Firminy), e os projectos de Solano Benítez e de César Portela.

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